domingo, julho 20, 2014

atos

(...)
Escrevo-me.
Pontuo-me.
Rasgo-me.
Exclamo-me.
Não passo de uma página em branco que arranha os sentidos.
Pontuo-me.
Escrevo-me.
Rasgo-me.
Exclamo-me.
Na aspiração a asas maiores.

A queda anelar. 
(...)

O medo

O medo vem encapuçado.
Vem daqueles que comem de boca aberta,
Daqueles que falam com a boca cheia de lodo.
A vida escorre, húmida, pelos espaços entre os dentes.

O medo vem mastigado.
Nas bocas de lodo restam as palavras da morte,

A preto e a branco.