segunda-feira, março 12, 2012

Sou como asas que apontam para o horizonte



Sobre o tempo não há mais nada a delinear
Sou como asas que apontam para o horizonte
E se as asas me cortam, penas e ossinhos de frágeis
angústias…
Outrora metamorfoses e não sonhos
Dos sonhos, criaturas que ocupam espaços
E não olhos esbugalhados em ânsias com efeitos colaterais…
Do medo apenas pó e sedimentos
Os castelos na areia são provas de inocências
Que as ondas do mar envolvem em espuma e algas…
Sobra-me o tempo do ir e vir
E de olhos esbugalhados depeno as asas
Antes que as cortem e alimentem os sonhos, das criaturas
apenas as ânsias…
Em solilóquios de espuma
Os ossinhos em vibração
Castelos desfeitos com os murmúrios que se afogam no mar.

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