domingo, junho 26, 2011

Dopamina




Nem sempre se desafia o percurso que nos foi imposto.

Talvez por ser demasiado calculista ou obsessivo.

Não se pretende construir estradas de cubos, mas ruas sem término perceptível.

Não me encontro no término da linha, mesmo ao virar da página que me descreve.

As vozes entrelaçam-se por becos sem saída e só a brisa nos levita em ânsias que se demoram...

Sem definições conceptuais, sem versos encadeados, sem equações matemáticas, não laboratórios de química porque transcende-se o óbvio e na ausência do óbvio a metafísica e os nomes são definições impostas...

Tão somente um momento desprendido de eufemismos.

Asas de borboleta estampadas na pele do avesso.

Metamorfoses viscerais e da alma nada se sabe.

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