Chove lá fora, mas chove mais cá dentro,
Inundo-me de sentimentos, enquanto as razões se diluem...
À espera que me afogue, no próprio suspiro inconsequente
E assumo a inércia do devir e do amanhã que não me responde....
Faz frio lá fora, mas o degelo do coração não é tema de conversa,
Alterações climáticas dependentes de emoções a larga escala...
O calor artificial de um solstício de faz-de-conta,
Um gole em seco e um cigarro a queimar os lábios gretados à espera dos teus...
Faz frio cá dentro, enquanto chove lá fora,
As amarguras da solidão, corpos numa dança frenética de humilhação,
As recordações a arder, quentura artificial para que não pare de bater,
Aquele coração em arritmia, ainda humano, corpo cavernoso labirinto de escuridão.
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